O medo da chuva

Projeto Verão, implantação do plano de contingência de desastres naturais no município

A Prefeitura de Magé está trabalhando na elaboração do Projeto Verão, que prevê a implantação do plano de contingência de desastres naturais no município. Com a aproximação do verão o medo se instala nos moradores. Magé viveu grandes tragédias e pela primeira vez está sendo feita a criação de um projeto para o momento de crise. Através de ações da Defesa Civil e da Secretaria Municipal de Assistência Social e Diretos Humanos todas as secretarias municipais estão sendo envolvidas na colaboração do projeto, cada secretaria entregou uma relação de veículos, locais para possíveis abrigos e mão de obra disponível para ajudar no momento de crise.

O coordenador da Defesa Civil, Gilber Câmara Lima, explicou a logística do projeto, “o plano está sendo dividir o município por regiões e catástrofes, depois desta primeira seleção cada região receberá uma listagem de maquinário, atendimento médico, hospitais de referência e abrigo. Nesta lista contém o telefone de contato dos responsáveis de cada área”, informou Gilber.

A prefeitura conta com o apoio de todos, a Cruz Vermelha de Magé disponibilizou enfermeiros, técnicos de enfermagem e ambulâncias, para serem utilizadas no momento de crise.

Os técnicos do órgão Municipal de defesa Civil estão instalando nos seis distritos, 200 pluviômetros, que servem para medir a quantidade de água da chuva na região. Com este método, o morador consegue verificar o risco de possíveis desastres com antecedência, possibilitando abandonar a área de risco.  Durante a instalação, o morador recebe orientação de como se comportar em casos como enchentes, deslizamentos de terra e outras medidas preventivas
Os secretários expuseram o que cada secretaria já está fazendo para amenizar as consequências das chuvas de verão.

A Secretaria Municipal de Manutenção Pública informou que os bueiros já estão sendo desentupidos e que é necessário mostrar a população que é fundamental a ajuda deles e nesta semana encontraram um sofá dentro de uma manilha de escoamento de água pluvial.

“Desde agosto estamos desentupindo e limpando os bueiros, mas a parte mais importante é a educação dos moradores. Semana passada encontramos sofá, resto de móveis e muito lixo dentro das manilhas de escoamento” – informou o secretário Edvar Tavares.

A Secretária Municipal de Assistência Social e Direitos Humanos, Selma Vaz, disse que o município tem que se adequar as novas necessidades e fazer a coleta seletiva e disponibilizar lixeiras em todo município.

“Esta semana eu estava com o prefeito, Nestor Vidal, e conversei com ele sobre a falta de lixeiras nas ruas e que a culpa também era da prefeitura, pois a população não tem onde colocar o lixo” – disse a secretária Selma Vaz.

Moradores do município já sofreram muito com as chuvas de verão. Em dezembro de 2009 e abril de 2010 aconteceram grandes desastres naturais, que resultaram em três mortes, centenas de desabrigados e desalojados.

Verão – Sol, calor, praia e DENGUE

“10 minutos contra a Dengue” em Magé

Magé recebe a campanha “10 minutos contra a Dengue” em Mauá, neste sábado, 26.  Serão 15 tendas espalhadas pelo Largo da Figueira onde os moradores vão encontrar informações e saber mais sobre como participar da luta contra o Aedes Aegypti, mosquito transmissor da doença que é alarmante em todo o Estado do Rio.

A Prefeitura de Magé, através da união de esforços de suas secretarias junto a Secretaria Municipal de Saúde, entrou nessa luta e desde setembro tem realizado ações no município a fim de incentivar a população a dedicar dez minutos do seu dia, uma vez por semana, para combater os possíveis focos e evitar a formação de criadouros do mosquito em casa.

Um destaque para essa iniciativa coletiva contra a dengue é o investimento em cerca de 400 profissionais que trabalham nas secretarias municipais e farão parte da Brigada contra a Dengue, que vão participar das atividades da campanha “10 minutos contra a Dengue”.

No evento, os moradores das comunidades também vão encontrar serviços de beleza com corte de cabelo, escova e cuidados de manicures e pedicures; acesso aos serviços de saúde para aferição da pressão arterial e medição da taxa de glicose, além de orientações sobre a prevenção de outras doenças e serviços sociais de cadastro em balcões de emprego e emissão de documentos.

Serviço:
Campanha “10 minutos contra a Dengue”
Dia 26 de novembro das 8h30 às 13h (HOJE)
Largo da Figueira, próximo à drograria Cityfarma, em frente ao semáforo.
Figueira, Mauá – 5º Distrito de Magé

Hoje é dia…

Os governos são instituídos para cuidar do povo. Eles não são nossos patrões, são nossos guardiões, devem zelar pelo nosso bem estar, devem prover serviços essenciais a nossa vida; ou pelo menos é o que deveria acontecer.

Mas existem coisas que não dependem de medidas governamentais, ações que são responsabilidade de cada indivíduo: Ações de bom senso, de educação, de civilidade, de solidariedade. No dia 25 é um dia para lembrar-se de uma ação de solidariedade, o dia nacional do doador de sangue.

Doar sangue é um ato simples que faz muita diferença. As pessoas necessitam deles em momentos que suas vidas podem estar por um fio, ou momentos que podem fazer mudar sua qualidade de vida. Ter um estoque suficiente de sangue é algo essencial para que as pessoas não morram, ou tenham seu sofrimento prolongado por um detalhe, o sangue. Lembre-se, um dia você pode precisar.

Doar sangue é seguro, ao doar uma vez não somos obrigados a doar sempre, mas é importante que pessoas saudáveis doem regularmente.  Não usem a doação como um meio para se testar se você tem AIDS ou outra doença infecciosa, há um período entre a infecção e a sua identificação pelos exames laboratoriais, chamado de Janela Imunológica, que pode variar de semanas a meses dependendo do tipo de agente infeccioso. Durante o período de janela imunológica os testes laboratoriais dão negativos e a doença pode ser transmitida através da transfusão de sangue.

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Velho

Estive em Copacabana por esses dias e fiquei abismado com a quantidade de velho que tem naquele lugar. É muito coroa! Também tem muita puta, mas isso não conta. Pensei comigo mesmo que em Magé não tem esse número elevado de pessoas da 3º idade, deve ser porque pelas bandas de cá a expectativa de vida gira em torno dos 25 ou 30 anos. Pensei isso e depois de me atentar melhor percebi que estava completamente errado. Eis que pelos rincões de Magé me deparei com:

Minha vó é velha pra caraca, imagina a vó de Cristo!!!!

Ou seria a voz de Cristo??? Aí eu teria que elaborar um novo enunciado, se em Copacabana está concentrada a maior população de idosos, em Magé temos a maior concentração de analfabetos!

Entenda a mídia

O VOCABULEROLERO  DA VELHA MÍDIA – Emir Sader

Aqui algumas indicações sobre como ler a velha mídia. Nada do que é dito vale pelo seu valor de face. Tudo remete a um significado, cuja arte é tratar de camuflá-lo bem.

Por exemplo, quando dizem liberdade de imprensa, querem liberdade de empresa, das suas empresas, de dizerem, pelo poder da propriedade que tem, de dizer o que pensam.

A chave está em fazer passar o que pensam pelo interesse geral, pelas necessidades do país. Daí que nunca fazem o que deveriam fazer. Isto e’, dizer, por exemplo: “A família Frias acha que…” Ou: “A família Civita acha que…” e assim por diante.

A arte da manipulação reside em construções em que os sujeitos (eles) ficam ocultos. Usam formulas como: “É mister”, “Faz-se necessário”, “É fundamental”, “É’ indispensável”.

Sempre cabe a pergunta: Quem, cara pálida? Eles, os donos da empresa. Sempre tentar passar a ideia de que falam em nome do país, do Brasil, da comunidade, de todos, quando falam em nome deles. A definição mais precisa de ideologia: fazer passar interesses particulares pelos interesses gerais.

Quando dizem “fazer a lição de casa”, querem dizer, fazer duro ajuste fiscal. Quando falam de “populismo”, querem dizer governo que prioriza interesses populares. Quando falam de “demagogia”, se referem a discursos que desmascaram os interesses das elites, que tratam de ocultar.

Quando falam de “liberdade de expressão”, estão falando no direito deles, famílias proprietárias das empresas monopolistas da mídia, dizerem o que bem entendem. Confundem liberdade de imprensa com liberdade de empresas – as deles.

No “vocabulerolero” indispensável para entender o que a mídia expressa de maneira cifrada, é preciso entender que quando falam de “governo responsável”, é aquele que prioriza o combate à inflação, às custas das políticas sociais. Quando falam de “clientelismo”, se referem às politicas sociais dos governos.

Quando falam de “líder carismático”, querem desqualificar os discursos os lideres populares, que falam diretamente ao povo sobre seus interesses.

Quando falam de “terrorismo”, se referem aos que combatem ou resistem a ações norte-americanas. “Sociedades livres” são as de “livre mercado”. Democráticos sao os países ocidentais que tem eleições periódicas, separação dos três poderes, variedade de siglas de partidos e “imprensa livre”, isto é, imprensa privada.

“Democrático” é o pais aliado dos EUA – berço da democracia. Totalitário é o inimigo dos EUA.

Quando dizem “Basta” ou “Cansei”, querem dizer que eles não aguentam mais medidas populares e democráticas que afetam seus interesses e os seus valores.

Entre a velha mídia e a realidade se interpõe uma grossa camada de mecanismos ideológicos, com os quais tentam passar seus interesses particulares como se fossem interesses gerais. É o melhor exemplo do que Marx chamava de ideologia: valores e concepções particulares que pretendem promover-se a interesses da totalidade. Para isso se valem de categorias enganosas, que é preciso desmistificar cotidianamente, para que possamos enxergar a realidade como ela é.

Fonte: Carta Maior

Emir Sader, sociólogo e cientista, mestre em filosofia política e doutor em ciência política pela USP – Universidade de São Paulo.

De que lado estamos?

      Dizem que uma mentira contada muitas vezes se torna verdade, e assim,  realidades são distorcidas ou recriadas por informações que, muitas das vezes, sequer são verossímeis, e tudo isso com tanta velocidade que hoje em dia a informação está saturada. Talvez por isso Patrick Charaudeau nos alerta: “A informação é pura enunciação”. Um fato qualquer perpassa obrigatoriamente pela linguagem e pelo discurso, então, o fato em si não existe, tudo é linguagem, discurso ou pura enunciação. E quando nos deparamos com o discurso midiático IMPOSTO sobre a violência e os crimes em geral em todo o Brasil e principalmente no Rio de Janeiro, percebemos um otimismo que não condiz com dados cientificamente apurados sobre os assuntos em questão, porém, por mais que noticiem tantas desgraças, no final somos sempre levados a acreditar que as políticas em segurança e no combate à criminalidade têm surtido o efeito desejado, ou seja, a sociedade caminha em direção a um futuro com menos crimes e menos violência. Pura balela.

      Leitores, o que tratarei nas próximas linhas concorre em sentido oposto ao discurso puramente ufanista e aproveitador da chamada opinião pública que tão somente põe a sociedade num caminho de pusilanimidade.

      Ao vermos os noticiários, nos deparamos com enunciados sempre firmes: polícia toma comunidade que antes era dominada pelo medo/terror/milícia, mais uma UPP no Rio de Janeiro, preso traficante “Polegar” e mais recentemente a operação que prendeu o “Nem” e toda aquela fanfarrice na Rocinha. As imagens transmitem uma significação plural, mas tendenciosa, bandeira do BOPE no alto da comunidade, bandeira nacional tremulando na Igreja da Penha, pedidos de paz… Imagens cheias daquilo que mais atinge os indivíduos: os dramas, alegrias, sofrimentos ou a simples nostalgia de um passado perdido. Imagens simples, reduzidas ao discurso dominante, tudo superficial, preso tão somente a alguns aspectos. Longe dos retratos da vida, mais próximos de uma caricatura. Até porque a complexidade perturba a memória, dificultando o funcionamento das manipuláveis imagens instantâneas que se impõem a nós de maneira inflexível a ponto de só percebermos sua força simbólica, afastando-nos de toda a complexidade que gira em torno de determinado fato ou acontecimento real.

      Quando entramos em contato com as notícias jornalísticas sobre violência e criminalidade no Rio de Janeiro, da maneira como são expostas, naturalmente concluímos que a criminalidade está diminuindo, as milícias acabando e o poder paralelo está com os dias contados. É natural e normal pensarmos assim, porém, será que isso corresponde à realidade? Isso é verdade? Existe uma verdade? E se existe, ela é única e definitiva? De fato não. Os dados apontam com muita propriedade e com uma precisão quase cirúrgica que a criminalidade continua a avançar e o poder paralelo se torna cada vez mais presente e até certo ponto aceitável na medida em que a omissão do Estado cresce. O caso do Deputado Marcelo Freixo mostra bem isso. O parlamentar que, além de nos ter feito o favor de dar início às investigações que culminaram na cassação de Jane Cozzolino e Renata do Posto em 2008, está à frente da comissão que investiga as milícias no Rio de Janeiro e por conta disso recebe constantes ameaças de morte e vive cercado por seguranças. Seus relatórios, ao contrário dos grandes espetáculos midiáticos das ocupações das favelas e da falsa retomada do poder pelo Estado, mostram o crescimento no número de milícias, que em 2008 eram 170, e hoje já são mais de 300. Marcelo Freixo sofreu 7 ameaças de morte em menos de 30 dias, e, a convite da Anistia Internacional e da organização de direitos humanos Front Line, sairá do país por pelo menos um mês para que um novo esquema de segurança possa entrar em prática e o parlamentar retorne com suas atividades. Além disso, a intenção é que o deputado faça palestras e apresente alguns relatórios da CPI no exterior para que a comunidade internacional pressione o Brasil a tomar medidas, haja vista que o problema está longe de ser resolvido e muito em breve o país será palco de Copa do Mundo e Olimpíada (o fato de pessoas estarem sendo mortas não basta). “Estou saindo para fazer uma denúncia porque, das 58 propostas concretas que aprovamos no relatório da CPI, quase nada saiu do papel”, denuncia o deputado.

      O que mais chama a atenção é o enfrentamento dos milicianos. Mesmo se tratando de uma pessoa pública e que sua morte certamente recairia sobre a própria milícia, ou seja, se o matassem, saberíamos de onde veio o assassino, a mando de quem foi e os motivos, mas nem isso os intimida. Chega a ser assustador pensar o que os milicianos fazem nas comunidades com pessoas que não possuem a mesma segurança de Marcelo Freixo, pessoas desconhecidas que se desaparecessem, não teriam qualquer cobertura da mídia.

      Outro fator preocupante é que as milícias são formadas por militares, bombeiros e policiais, gente que, de certa forma, representa o Estado. Alguns deles eram parlamentares, deputados, vereadores; e a grande maioria do DEM e do PMDB, partidos de Cesar Maia, Sérgio Cabral e Eduardo Paes, políticos que num primeiro momento não viam mal algum nas milícias e as encaravam como autodefesa, um discurso absurdo! Se for assim, qualquer um pode abrir um consultório médico e medicar, receitar e até operar porque está se autossuprindo, já que o Estado não garante saúde a todos. Sem contar que esses políticos apoiaram milicianos em suas campanhas. Também esses políticos juntamente com a mídia, que os apóia, transformaram numa “disputa política”, o caso do Deputado Marcelo Freixo, que por motivos óbvios provavelmente será o candidato do PSOL nas próximas eleições municipais. Os noticiários desdenharam das ameaças de morte, diziam em “supostas” ameaças, desqualificaram as entidades de direitos humanos que o apóiam, e, em determinados momentos, falaram que tudo não passava de um motivo para que o deputado pudesse angariar apoio político realizando palestras no exterior dando um tom de “férias” a sua saída do país.

      Para começar, se a própria Secretaria de Segurança Pública do Estado do Rio de Janeiro apurou algumas das denúncias e ameaças, elas não podem ser “supostas”, portanto. Minimizar um assunto tão grave a uma mísera disputa política e não levar a sociedade a uma reflexão sobre o assunto é mais do que irresponsabilidade, é praticamente assumir conluio com o crime organizado. Há pouco mais de dois meses a juíza Patrícia Acioli foi covardemente morta por policiais, ou marginais de farda, porque condenava seus atos corruptos, logo, não faz sentido a mídia criticar o fato de Marcelo Freixo “já ter muitos seguranças” em sua escolta. O que eles querem dizer com isso? Que o cara que investiga o paramilitarismo brasileiro está em segurança? Olhando para o caso da juíza, isso não se vislumbra aos meus olhos,  até porque ela recebeu 4 ameaças antes de ser morta.

      A própria mídia mostrou os cemitérios clandestinos dos milicianos onde era feita a “desova dos presuntos”. Os porcos e jacarés que comiam corpos para não deixarem vestígios. E o caso Tim Lopes? O jornalista foi morto por milicianos. E eu pergunto: Todas essas notícias só serviram para provocar emoção e vender jornais? Eu mesmo respondo com convicção: SIM!!!

      As perguntas prosseguem. Porque até agora nenhuma favela sob comando de milicianos foi tomada pela polícia? Por que a Vila Kennedy, uma das favelas mais perigosas do Rio, continua sem intervenção policial? Porque não invadem favelas que o 3º comando está a frente? Porque alguns dos traficantes mais procurados fugiram da Rocinha para o Morro dos Macacos, uma comunidade que já tem UPP? E os policiais que trabalhavam para o Nem da Rocinha? Segundo o próprio traficante, mais de 500 pessoas trabalhavam para ele de forma indireta. Quantos eram policiais? E políticos? Perguntas que a grande mídia não permitirá que seus repórteres façam. Reflexões que não serão propostas à sociedade. Seu poder de convencimento será usado mais uma vez para mascarar intenções mais obscuras. Porém, é cada vez maior o número de pessoas que enxergam a degradação da grande mídia, o caso do magnata das telecomunicações, Robert Murdoch, que grampeava até telefone de primeiro-ministro. Seus jornalistas faziam o mesmo com atores e outras personalidades. Temos também a Veja que, segundo a Polícia do Distrito Federal, cometeu crime ao tentar invadir o apartamento de José Dirceu num hotel em Brasília, pagando propina a funcionários que lá trabalhavam. Ou seja, o caminho que a mídia percorre é só um, e vai do sensacionalismo à mentira, e agora já flerta com o crime. Mas triste mesmo é pensar na real possibilidade de não termos chegado ainda ao fundo do poço.

Esporte e o pan-americano

José Roberto Torero: Malditos comunistas!

Acabaram os jogos Pan-Americanos e mais uma vez ficamos atrás de Cuba.

Mais uma vez!

Isso não está certo. Este paiseco tem apenas 11 milhões de habitantes e o nosso tem 192 milhões. Só a Grande São Paulo já tem mais gente que aquela ilhota.

Quanto à renda per capita, também ganhamos fácil. A deles foi de reles 4,1 mil dólares em 2006. A nossa: 10,2 mil dólares.

Pô, se possuímos 17 vezes mais gente do que eles e nossa renda per capita é quase 2,5 vezes maior, temos que ganhar 40 vezes mais medalhas que aqueles comunas.

Mas neste Pan eles ganharam 58 ouros e nós, apenas 48.

Alguma coisa está errada. Como eles podem ganhar do Brasil, o gigante da América do Sul, a sétima maior economia do mundo?

Já sei! É tudo para fazer propaganda comunista.

A prova é que, em 1959, ano da revolução, Cuba ficou apenas em oitavo lugar no Pan de Chicago. Doze anos depois, no Pan de Cáli, já estava em segundo lugar. Daí em diante, nunca caiu para terceiro. Nos jogos de Havana, em 1991, conseguiu até ficar em primeiro lugar, ganhando dos EUA por 140 a 130 medalhas de ouro.

Sim, é para fazer propaganda do comunismo que os cubanos se esforçam tanto no esporte. E também na saúde (eles têm um médico para cada 169 habitantes, enquanto o Brasil tem um para cada 600) e na educação (a taxa de alfabetização deles é de 99,8%). Além disso, o Índice de Desenvolvimento Humano de Cuba é 0,863, enquanto o nosso é 0,813.

Tudo para fazer propaganda comunista!

Aliás, eles têm nada menos do que trinta mil propagandistas vermelhos na cultura esportiva. Ou professores de educação física, se você preferir. Isso significa um professor para cada 348 habitantes. E logo haverá mais ainda, porque eles têm oito escolas de Educação Física de nível médio, uma faculdade de cultura física em cada província, um instituto de cultura física a nível nacional e uma Escola Internacional de Educação Física e Desportiva.

Há tantos e tão bons técnicos em Cuba que o país chega a exportar alguns. Nas Olimpíadas de Sydney, por um exemplo, havia 36 treinadores cubanos em equipes estrangeiras.

E existem tantos professores porque a Educação Física é matéria obrigatória dentro do sistema nacional de educação.

Até aí, tudo bem. No Brasil a Educação Física também é obrigatória.

A questão é que, se um cubano mostrar certo gosto pelo esporte, pode, gratuitamente, ir para uma das 87 Academias Desportivas Estaduais, para uma das 17 Escolas de Iniciação Desportiva Escolar (EIDE), para uma das 14 Escolas Superiores de Aperfeiçoamento Atlético (ESPA), e, finalmente, para um dos três Centros de Alto Rendimento.

Ou seja, se você tiver aptidão para o esporte, vai poder se desenvolver com total apoio do estado.

Pô, assim não vale!

Do jeito que eles fazem, com escolas para todos, professores especializados e centros de excelência gratuitos, é moleza.

Quero ver é eles ganharem tantas medalhas sendo como nós, um país onde a Educação Física nas escolas é, muitas vezes, apenas o horário do futebol para os meninos e da queimada para as meninas. Quero ver é eles ganharem medalhas com apoio estatal pífio, sem massificar o esporte, sem um aperfeiçoamento crescente e planejado.

Quero ver é fazer que nem a gente, no improviso. Aí, duvido que eles ganhem de nós. Duvido!

Malditos comunistas…

Fonte: Eu vi o mundo

UFC

A luta entre o brasileiro Júnior Cigano dos Santos contra o americano Cain Velasquez será transmitida ao vivo pela Globo. O combate vale o título dos peso pesados. A narração do evento será feita por Galvão Bueno! Isso mesmo! Acreditem!

Tenho algumas observações a fazer:

1º – Dizem que Galvão Bueno finalmente se encontrou. Depois de anos tentando aprender a narrar futebol e fórmula 1 sem nenhum sucesso, o MMA é o seu esporte… Duvido! A não ser que MMA seja a sigla para Malhar Muito o Arnaldo

 

2º – Dizem que Galvão vai acabar entrando na porrada… Discordo completamente! Se fosse assim ele já teria tomado uma bolada ou sido atropelado por um Fórmula 1.

3º – “Galvão Bueno não!!!! PQP!!! Azarado pra caralho!!!” – Júnior Cigano dos Santos

 

4º – Melhor ouvir o Galvão do que ser surdo??? Sei não!

5º – Galvão pediu para chamar o Cigano de RRRRRROOOOOOOONAAAAAAALLLLLLLDINHO!!!!!!

6º – Colocar o Galvão Bueno para narrar o UFC é tão insano quanto colocar a Núbia Cozzolino como prefeita.

HAJA CORAÇÃO!